A argila está ligada a nosso universo cotidiano. Símbolo de nascimento, de vida, de morte. Por isso, nossos afetos nela se projetam muito mais espontaneamente que em qualquer outro material modelável. É interessante analisar as diferentes atitudes suscetíveis que se desenvolvem frente a ela, assim como os diferentes modos de aproximação que se pode propor em um ateliê terapêutico. Porque enquanto as técnicas do mundo contemporâneo mudam com uma rapidez vertiginosa, a cerâmica, pela imitação de suas funções e o arcaísmo de suas origens, permanece quase sempre fiel às formas tradicionais, o que desperta a emoção. Ainda, em que quase todas as civilizações sedentárias, os homens utilizaram a argila para cozinhar, conservar, transportar os produtos de suas caças, de suas colheitas, depois de suas culturas. Quando se empreende um estudo histórico que diz respeito a um povo que ainda permanece parcialmente desconhecido, é graças aos numerosos "impressos cênicos em relevo" encontrados sobre cacos, que as informações mais preciosas poderão ser compiladas. No mais, é descobrindo a origem da cerâmica que se acompanhará as trocas comerciais, os indícios de viagens, a história do homem.
Um comentário:
Concordo. O mundo contemporâneo muda com uma rapidez vertiginosa, enquanto que a cerâmica, permanece fiel às formas tradicionais, o que desperta a emoção.
É este, o segredo desse trabalho tão fascinante!
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